sexta-feira, 16 de abril de 2021


 

Os gestos são carregados de significados. Na maioria das culturas, ao unirmos as palmas das mãos em frente ao coração, estamos demonstrando gratidão, reverência e humildade. O Namaskar ou Namastê Mudra, é muito utilizado pelos praticantes de Yôga para expressar o reconhecimento do aspecto sagrado em si mesmo e no outro. Mudras(já comentado em postagem anterior) são gestos com poderes de Símbolos que têm a capacidade de purificar e equilibrar as energias do corpo, assim as emoções e os pensamentos. Os mais populares são executados com as mãos e os pés, mas os Mudras também podem ser feitos com todo o corpo. Esses gestos de poder são frequentemente usados como ferramentas para concentração e expansão da consciência durante práticas meditativas. Também são associados a alguns Ásanas durante a prática do Yôga, complementando e até intensificando as qualidades dessas posturas. 
Os Mudras feitos com as mãos, relacionam os cinco elementos da natureza. Cada dedo representa uma qualidade de energia material e além dos elementos, cada dedo também está associado a um Chakra (Centro de Energia do Corpo) já comentado em postagem anterior.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

 



O que são os mudras

A palavra em sânscrito mudra significa gesto das mãos, mas também pode indicar posições dos olhos, do corpo e técnicas de respiração, para obter benefícios físicos, mentais e espirituais. Alguns mudras atuam no sistema digestivo, outros no coração, outros no sistema imunológico e outros visam reequilibrar um elemento específico.

De acordo com a ciência do yoga, os mudras funcionam estabelecendo uma conexão direta entre o corpo – annamaya kosha, a mente – manomaya kosha e o corpo energético – pranamaya kosha. Por outro lado, no ponto de vista científico, existem numerosas terminações nervosas nas mãos e os mudras agem influenciando os reflexos inconscientes e os comportamentos instintivos que são controlados por áreas primitivas do cérebro.

Os mudras estão relacionados aos cincos elementos da ayurveda, energias que possuem aspectos físicos e espirituais no corpo. Essas energias circulam através dos nadis, canais de energias que circulam dentro do corpo e tem os pontos finais nos dedos.

• O polegar representa o fogo, sol, energia pura

• O indicador simboliza o ar, energia em movimento.

• O dedo médio representa o éter, expansão e abertura.

• O dedo anelar está relacionado à terra, solidez e aterramento.

• O dedo mindinho representa a água, líquidos, as características de mobilidade e adaptabilidade.

Cada dedo portanto representa um ponto de conexão com um elemento específico. 

No Hatha Yoga clássico, existem 25 mudras e incluem mãos, olhos, posições corporais – asanas e fechamentos – bandhas. No Kundalini Yoga, os mudras das mãos são frequentemente usados ​​para intensificar os efeitos dos asanas.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020



Você sabe o que é tsuru? Na mitologia japonesa, o tsuru é considerado o pássaro mais velho do planeta, com expectativa de vida de cerca de mil anos. Diz-se que essa ave era companheira dos eremitas que faziam meditação no alto das montanhas. No Japão antigo, acreditava-se que os Eremitas Místicos tinham poderes sobrenaturais que retardavam o envelhecimento.-

Ao longo dos anos, por terem sido companheiros de eremitas, creditaram à essa ave a mística de ser um talismã poderoso, ave com ação sobrenatural e capaz de retardar o processo de envelhecimento. Dessa forma, o tsuru ganhou o título de “pássaro da longevidade”. Na Ásia, a crença da juventude perdura até os dias atuais, onde essas aves simbolizam a mocidade eterna e a felicidade plena.

O tsuru é um tipo de dobradura de papel(origami) que simboliza o grou da manchúria, uma ave quase em extinção no Japão. Ela mede aproximadamente 1 metro e apresenta uma coloração branca no corpo e nas asas e preta no pescoço e na ponta das asas com um capuz vermelho na cabeça.



No folclore japonês, o tsuru também simboliza o amor conjugal e a fidelidade, isso porquê esta ave é monogâmica, ou seja, depois que um casal de grous se une, só a morte os separa. A arte do origami (dobrar papel) se inspirou nessa ave para criar uma de suas mais conhecidas formas, tanto que muitos também consideram o tsuru como o símbolo dessa arte japonesa. Até algum tempo atrás era comum encontrar no Japão pedaços de barbantes amarrados com vários desses tsurus de papel, que eram pendurados no teto para distrair os bebês ou deixados nos templos para pedir proteção.

Há também a crença de que cortinas produzidas com origamis de tsuru traz sorte e prosperidade à estabelecimentos comerciais. Em residências, essas cortinas têm a mesma simbologia, além de representar paz no lar e saúde para a família. 

Vamos dobrar esse pássaro?



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019


ॐ Essa sílaba única, Om, vem dos Vedas. Como uma palavra sânscrita, significa avati raksati – aquilo que lhe protege, lhe abençoa. 

É considerado o som mais próximo da palavra divina, e a origem de todas as demais. Segundo o Mandukya Upanishad, OM é aquele que existiu e existirá sempre. 

A sílaba OM é considerada por várias escolas, mestres e tradições o som primordial do Universo. 

 Assim, pode-se afirmar que OM é o princípio, meio e fim. É a totalidade. É chamado na Índia por mátriká mantra, o som matriz matriarcal que tudo originou. Nos Vedas, é definido como “aquele que tudo inclui, a origem e o fim do Universo”.

Portanto, Nele o universo se cria, se conserva e se dissolve. É o som-semente que desenvolve o centro de força da “Terceira Visão”, responsável pela intuição, meditação e pelos fenômenos da telepatia e clarividência.
É o primeiro dos símbolos sagrados na Índia que possui a força de ser a descrição visual do som cósmico, do qual toda a matéria e o espaço são originados. No seu som monossilábico, contém Brahman ou o universo inteiro em sua energia. O universo inteiro significa não somente o universo físico, mas também a experiência dele. 

Deste modo, o OM é fundamental na cultura Hindu, e seu símbolo é a primeira figura que toda a criança deve desenhar no início de sua educação.

Ele é, também, a primeira evocação que é cantada para evocar os deuses numa oração. Seu motivo pode ser visto em pórticos, portões, templos, livros em geral, textos religiosos, em berços de recém nascidos e em roupas cerimoniais, numa grande variedade de cores e com muitos tipos de enfeites.

Podemos vê-lo como um equivalente à luz branca, em que nele pode ser encontrado todas as cores do arco-íris. Na tradição Hindu Om é a palavra de afirmação solene e respeitoso acordo.

Dentro do símbolo há os cinco elementos do Universo – terra, fogo, ar, água e éter. Confome o mestre hindu Pranavopanishad, o A é nirman (criação de tudo), é Brahma, o criador e a Terra. U é shiti (conservação do Universo), é Vishnu, o preservador. O espaço M é Pralaya (transformação do Universo), é Shiva, o dstruidor e a iluminação. Observe que na existência tudo é regido por estas três energias: criação, preservação e destruição

sexta-feira, 27 de abril de 2018

SUCULENTAS

As suculentas são um tipo de planta que retém muito líquido. São típicas do continente africano, mas podem ser facilmente encontradas em muitos desertos do mundo. Por reterem bastante líquido, é uma planta ótima para quem não tem muito tempo de cuidar de plantas e por isso acaba esquecendo de regar. As suculentas podem ficar dias expostas ao sol sem precisar de tanta água quanto outros tipos. Normalmente são confundidas com os cactos, mas não são a mesma coisa. Os cactos normalmente são reconhecidos pelos espinhos, mesmo que nem todas as espécies tenham, e as suculentas são mais reconhecidas pelas folhas mais “gordinhas”, repletas de água em seu interior. Vamos conhecer algumas delas?



quinta-feira, 31 de março de 2016

























Desvendando os chakras

O Chakra, assim como karma, é uma palavra em sânscrito que se tornou bastante popular. Chakra significa literalmente círculo ou roda. No yoga, essa palavra se refere a centros de energia que se encontram em pontos específicos do corpo, os localizados ao longo da coluna são tidos como os mais importantes e consequentemente também são os mais conhecidos. Os chakras são sete: múládhára, swádhisthána, manipura, anáhata, vishuddha, ájña e sahásrara.
O homem como um reflexo do macrocosmo possui centros de energia que combinados equilíbram nossa estrutura física e mental. O sistema cerebro-espinhal é a primeira parte do organismo a ser desenvolvido durante a gestação e a partir dele materializam-se todas as formas corporais. Isso é representado nos chakras através dos elementos a eles associados, do topo da cabeça à base da coluna. os chakras representam a consciência, a mente, o espaço, o ar, o fogo, a água e por fim a terra.
Além de atuar recebendo, acumulando e irradiando a energia para todo o corpo, os chakras são centros de consciência que representam estágios de compreensão de si mesmo e do mundo.
A perspectiva singular diante da vida é o grau de energização de cada chakra que podem estar hipo ou hiper energizados e também a forma como essa energização ocorre: se o prana circula na zona periférica, simbolizada pelas pétalas do lótus; na zona interna, simbolizada pelo botão ou na zona mais profunda, que tem como símbolo a raiz da flor de lótus.
A flor de lótus de cada chakra tem um número de pétalas diferente de acordo com a disposição das nadis, canais de energia, que o rodeiam e terminações nervosas a ele associado. Em cada pétala está inscrita uma letra do sânscrito representando sua vibração e o número total de pétalas de todos os chakras é o mesmo que a quantidade de letras do alfabeto sânscrito. 
Brevemente aprofundaremos mais nesses conceitos.

terça-feira, 13 de maio de 2014

As Mandalas



As mandalas estão por toda parte. Naturais ou artificiais, milimetricamente exatas ou compostas de símbolos abstratos, essas magníficas figuras são tão antigas quanto a humanidade. São chamadas também de círculos sagrados. Uma roda de carro, o sol, a lua, uma pizza, uma rosácea, uma flor, estamos a todo momento tendo contato com a energia das mandalas. Os monges tibetanos utilizam as mandalas de areia para praticar a meditação, a paciência, a dedicação e a disciplina. No campo da psicanálise, Jung utilizava mandalas para trabalhar com os pacientes, buscando nas diferentes figuras o significado e as explicações para os arquétipos da personalidade. Dizia que a mandala era uma representação simbólica da psique, cuja essência é desconhecida. Preconizava que essas imagens podiam ser utilizadas para consolidar o ser interior ou favorecer a meditação em profundidade. Portanto, a mandala é um instrumento de revelação do ser a si mesmo, um diagrama de beleza e harmonia que transcende o intelecto, o tempo e o espaço.